A terceira temporada de The Witcher estreou com uma avaliação bastante negativa, sendo a pior avaliada dentre as três no Rotten Tomatoes.
A temporada foi dividida em duas partes com a segunda parte para ser liberada em 27 de julho.
Essa recepção desfavorável reflete as decisões questionáveis tomadas pela produção, bem como a partida de Henry Cavill, o protagonista da série, que interpretava o Bruxo.
Acontece que demitir um ator que constantemente expressava a opinião dos fãs e manter roteiristas que zombavam dos jogos e livros nos quais a série se baseia não é uma receita para o sucesso.
The Witcher teve um começo promissor, e as coisas começaram a desandar já na segunda temporada quando os roteiristas demonstraram desprezo pelo material original.
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Roteiristas que desprezam o material original
Recentemente, um dos co-produtores da série revelou em uma sessão de perguntas no Instagram que os produtores e roteiristas de The Witcher zombavam dos livros e jogos, chegando a não gostar nem se interessar por eles.
“Eu estive no show – ou seja, Witcher – onde alguns dos escritores não eram ou não gostavam ativamente dos livros e jogos (mesmo zombando ativamente do material de origem)”, explicou DeMayo. “É uma receita para o desastre e péssima moral. O fandom como um teste decisivo verifica os egos e faz todas as longas noites valerem a pena. Você tem que respeitar o trabalho antes de poder adicionar ao seu legado.” revelou Beau DeMayo, ex-produtor e escritor de The Witcher.
Essa atitude é estranha, considerando que a showrunner defendia que Henry Cavill era a escolha perfeita para o papel devido à sua paixão e conhecimento do universo de The Witcher.
Na época, até mesmo o autor dos livros afirmou que ficaria feliz desde que a série se mantivesse fiel e respeitasse o material de origem, mas algo mudou durante a segunda temporada.
Personagens importantes morreram, mesmo que isso não ocorra nos livros, a personalidade de Geralt foi modificada e houve saltos temporais que ignoraram pontos fundamentais das obras literárias.
Essas decisões começaram a ter consequências para a série, que recebeu uma avaliação de apenas 33% no Rotten Tomatoes, a pior dentre as três temporadas.
Curiosamente, a temporada mais bem avaliada pelos fãs desagradou os críticos, resultando em uma discrepância entre as opiniões do público e da imprensa especializada, o que se repetiu na segunda temporada e agora na terceira.
O Fim de The Witcher?
Será mesmo que é o fim de The Witcher? Apesar do descontentamento dos fãs refletido na avaliação, os números indicam que a série ainda possui um público, estreando entre as 10 séries mais assistidas da Netflix.
E como sempre, a Netflix buscará manter a produção enquanto ela gerar visualizações.
No entanto, a realidade é que The Witcher não tem um futuro promissor.
A série é comandada por produtores que não possuem interesse algum no material original ou em respeitar os fãs.
Além disso, a demissão repentina do ator principal, que trouxe muitos fãs para a série devido ao seu comprometimento em produzir algo extremamente fiel, e o fracasso absoluto de The Witcher: Blood Origins não deixam margem para otimismo.
Qual será o destino de uma série tão controversa e mal avaliada em uma plataforma conhecida por cancelar séries sem explicação?
Com tantas mudanças em relação ao material original, inclusive considerando o histórico de séries mandadas para guilhotina, por que a Netflix continuaria investindo em um projeto com uma receita tão propensa ao fracasso?
A minha impressão é que não vai demorar para que o anúncio seja feito de que não haverá uma quarta temporada, e, se houver, as expectativas serão extremamente baixas.
É uma pena ver uma série com tanto potencial se perder por causa das escolhas equivocadas e ego dos roteiristas.
Só falta ver o que a quarta temporada reserva.
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